Os editores Claudio Amato, Irlei Neves e Arnaldo Russo na 12ª edição do Livro das moedas do Brasil, assim descrevem os estados de conservação das moedas metálicas.
Pois bem, a classificação do estado de conservação das moedas depende do ponto de vista da pessoa que estar analisando. De modo que, se três pessoas analisarem uma mesma moeda poderão classificá-la de forma diferente. Por exemplo: Se uma pessoa tem maior conhecimento sobre o assunto, irá classificar o estado da moeda como sendo inferior à classificação de outros, por não ter o mesmo conhecimento. Outro exemplo é os ângulos em que a moeda é analisada e a luz presente no ambiente, isso faz com que uma pessoa veja imperfeições que o outro não vê.
O estado de conservação das moedas deve ser um conceito que seja aceito por todos aqueles que colecionam moedas e cédulas. Deve ser um conceito objetivo que possa ser usado por qualquer um e entendido por igual dentro do universo do colecionismo numismático. No entanto, o que vemos na prática é várias discordâncias quanto ao estado de conservação.
Segundo o Livro das moedas do Brasil, que é tido como referência nacional, descreve o estado de conservação das moedas com os seguintes conceitos:
FC - Flor de cunho: Sem apresentar o menor sinal de desgaste ou manuseio, deve ter no campo o brilho original da cunhagem. Sua orla deve ser perfeitamente cilíndrica, sem apresentar mossas ou cerceamento. Todos os detalhes da cunhagem, mesmo os mais salientes, têm de apresentar sua aparência original. Não pode haver, sob nenhuma circunstância, sinais de limpeza física ou química da moeda.
S - Soberba: Deve apresentar aproximadamente 90% dos detalhes da cunhagem original. Deve ter no seu campo, algum brilho da cunhagem e sua orla admite uma pequena imperfeição (menos de 10%) da sua aparência original, proveniente de um pequeno desgate, ou pequeno sinal de manuseio. Admite-se sinais de uma limpeza, que não ocasione no seu campo, riscos ou manchas.
MBC - Muito Bem Conservada: Deve apresentar aproximadamente 70% dos detalhes da cunhagem original, porém seu nível de desgaste deve ser homogêneo. Sua orla admite uma média imperfeição (menos de 20%) da sua aparência original, proveniente de um desgaste médio, ou um médio sinal de manuseio. Admite-se sinais de uma limpeza, mesmo que ocasione no seu campo, pequenos vestígios de riscos ou manchas. Seu aspecto geral deve ser agradável e de fácil identificação.
BC – Bem Conservada: Os detalhes da cunhagem original devem aparecer em aproximadamente 50%, admitindo-se que alguns detalhes estejam mais aparentes em determinados setores da moeda do que em outros, principalmente nos detalhes altos da cunhagem, letras e números. A legenda e a data da moeda devem ser visíveis a olho nú, sem se ocorrer a utilização da lente. A orla pode estar imperfeita em até 30% da sua aparência original.
R – Regular: Deve apresentar um mínimo de 25% dos detalhes da cunhagem original, com distribuição irregular dos sinais de forte manuseio sobre o campo da moeda e de sua orla. A legenda e a data da moeda devem ser observadas com o auxilio de uma lente.
UTG - Um Tanto Gasta: Apresenta somente a silhueta da figura principal, e as letras da periferia, quando existirem, quase sendo engolidas pela orla desgastada. Não são colecionáveis, a não ser em casos de moedas extremamente raras.
Numismaticamente, não tem valor às moedas cujas datas são ilegíveis, estão apagadas ou às que tem furos. Muitas moedas "antigas" não trazem sinais das legendas e datas por estarem extremamente gastas, então não são consideradas moedas a serem colecionadas (exceto as raridades e com número reduzidíssimo de peças).
As siglas referentes ao estado de conservação no Brasil são diferentes do internacional, como segue abaixo:
Brasileira
|
Estrangeira
|
Brasileira
|
Estrangeira
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FC
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UNC
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BC/MBC
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F/VF
|
|
S/FC
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AU
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BC
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F
|
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S
|
EF ou XF
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R/BC
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VG
|
|
MBC/S
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VF/EF
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R
|
G
|
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MBC
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VF
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UTG
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POOR
|
Referencias: Livro das moedas do Brasil dos editores Claudio Amato, Irlei Neves e Arnaldo Russo, 12ª edição.
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